Em minha constante busca por atividades físicas e mentais capazes de satisfazer e gastar a energia incansável da minha Pipoquinha, resolvi conhecer o agility. Fomos, então, no sábado passado, para a Lagoa, para fazer uma aula experimental de agility. Para os que não conhecem, o agility é um esporte praticado em dupla composta de um cão e seu condutor. Consiste em fazer o cão percorrer um circuito de obstáculos no menor tempo possível e com o menor número de faltas. Pode ser praticado por qualquer tipo de cão, não importando o tamanho, raça e se possui ou não pedigree.
Ao chegarmos lá, conversamos como o instrutor Janildo Santana e sentamos para observar o treinamento de um cão beagle que já estava na pista. O instrutor ensinava para a dupla condutor/cão como passar no interior de um túnel. Porém, o cão hesitava. O túnel teve, então, seu comprimento reduzido e, desta forma o cão passou. O túnel foi gradativamente aumentado e o exercício se repetia com desempenho inconstante, ora o cão passava, ora refugava. Até quando o cão conseguiu passar através do túnel totalmente esticado e o exercício terminou.
Chegou a nossa vez. Contava com a importante e ilustre presença de Lucas, meu filho primogenito de 6 anos, disposto a me auxiliar no treino, uma vez que Pipoca tem uma ligação muito grande com ele. Contava também com auxilio de uma pequena bolinha amarela de brinquedo, que ao ser apertada, emitia um som que Pipoca adorava. O primeiro exercício foi dado: passar pelo interior do túnel completamente esticado e saltar um obstáculo logo na saída. Após assistir o beagle, questionei a dificuldade do exercício para um cão que nunca participou do agility. Janildo, tranquilo e seguro, me respondeu que um Jack Russell era diferente, “ela foi feita para isso” disse ele. Entreguei uma bolinha para o Lucas que se encaminhou para trás do obstáculo. Eu peguei a Pipoca no colo e fomos para a entrada do túnel. Não sabia exatamente o que pensar, mas sinceramente não duvidava da esperteza dela. Lucas começou a apertar a bolinha e, ao escutar aquele som, ela já começou a se debater tentando se soltar para seguir em sua direção. Quando a soltei, ela partiu pelo interior do túnel e depois saltou o obstáculo com elegância, até os braços de meu filho que a parabenizou bastante. Fiquei orgulhoso. A complexidade dos exercícios foram aumentando, e ocorreram mais acertos do que erros, mas uma certeza eu tive no final, meu treinador estava certo, “ela foi feita para isso”.
Sei que o agility exige muita paciência e persistência, mas acredito, sinceramente, que o que importa neste exercício, é a interação entre o dono e seu cão, mesmo que as tarefas não sejam imediatamente alcançadas. E uma coisa é certa, atingimos o nosso objetivo principal, nos divertimos pra caramba.